quarta-feira, 10 de agosto de 2016

CONVITE - ENCONTRO DE TERAPEUTAS COMUNITARIOS

 
LINK PARA INSCRIÇÃO:

A FISIOLOGIA DA DEPENDENCIA QUÍMICA - esta palestra traz informações sobre a parte neuroquímica da dependência. O objetivo é desmistificar o dependente, muitas vezes taxado como um sujeito sem força de vontade, vagabundo, mentiroso, etc. O que pretende através da informação é levar ao entendimento o mecanismo do vício . PALESTRANTE:  CÉLIA MORAES

DANÇA SÊNIOR é uma atividade em grupo que melhora a qualidade de vida de idosos, e estudos recentes tem avaliado a sua utilização como mecanismo de manutenção e melhora da capacidade funcional de idosos.

Todo profissional que trabalha com idosos deve se dar a chance de conhecer essa maravilhosa ferramenta.

Sobre Dança Sênior

Lançada na década de 70, na Alemanha, a dança sênior rapidamente se popularizou entre a população idosa dos países europeus e agora está em franca expansão no Brasil, sobretudo nos estados do sul e sudeste. Com o crescente aumento do número de brasileiros de meia e terceira idade, e de seu poder aquisitivo, essa modalidade de dança, divertida e fácil de aprender, têm conquistado espaço.

História

Tudo começou na década de 70, na Alemanha, quando a pedagoga social Ilsen Tutt, em visita ao ancianato onde se encontrava a sogra, foi por esta questionada: "você sempre dança com a geração nova, por que não dança com os idosos?".

A questão levantada levou Ilsen a trocar idéias com um grupo de pedagogos sociais sobre a atividade com idosos em instituições de longa permanência e a desenvolver a idéia de se criar uma modalidade de dança que considerasse suas limitações motoras e mentais. Era criada, então, a Dança Sênior, que rapidamente se disseminou entre a população da "maior idade" dos países europeus. Para o Brasil, ela foi trazida pela arquiteta alemã Christel Weber, que fixou residência em Nova Friburgo (região serrana do RJ) e ministrou os primeiros cursos preparatórios de multiplicadores (profissionais aptos a ministrar aulas). 

Benefícios para o corpo e a mente

Segundo a professora Hosania Nascimento, os movimentos são simples, elegantes e exigem a troca constante de par, incentivando a integração dos alunos. "E apesar de ter sido desenvolvida pensando nas limitações dos idosos, temos em nossos cursos pessoas de todas as idade, inclusive jovens, pois é uma dança bastante divertida", ressalta Hosania. 

"Qualquer um pode praticar e os benefícios são vários, como a melhora de mobilidade, respiração e memorização", completa o terapeuta Márcio Goiabeira Souza, que ministra cursos de dança sênior na Obra Social, ONG mantida em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro. 

"Há inclusive uma modalide especialmente desenvolvida para pessoas com dificuldade de se locomover, em que se dança sentado", explica Hosania. "O aprendizado das coreografias trabalha a atenção, concentração, percepção, lateralidade, ritmo, memória recente, orientação espacial, estimulando diversas habilidades psicomotoras e cognitivas", acrescenta a professora Elizabeth Lospenato Bastos, vice-coordenadora nacional da Dança Sênior.

Para maiores informações sobre Dança Sênior, acesse:

http://www.portalbethesda.org.br/

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedd...

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedd...

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Palestrantes

Isabel Zago e Terezinha Gama


terça-feira, 9 de agosto de 2016

TERAPIA COMUNITARIA DIMINUI ENCAMINHAMENTOS PARA SERVIÇOS DE SAÚDE



 

Terapia comunitária diminui encaminhamento para serviços de saúde

Carla Prates
Especial para o UOL Ciência e Saúde
 
FONTE: UOL
Em 23 anos de terapia comunitária, a técnica cresceu por todo o Brasil e, desde 2008, está no sistema público de saúde. Agora, em 2010, é oficializada como política pública federal.
Em 2008, já havia mais de mil terapeutas capacitados e cerca de 70 mil pessoas atendidas na rede pública. E os números só aumentam. Apenas de fevereiro a agosto de 2010, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo realizou mais de 2 mil rodas de terapia comunitária com cerca de 25 mil participantes.
De acordo com o relato de Adalberto Barreto, criador da metodologia, a experiência chegou aos órgãos públicos após o Ministro da Saúde José Gomes Temporão ficar sabendo de uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Ceará (UFC), pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e pelo Movimento Integrado de Saúde Mental Comunitária do Ceará (MISMEC-CE).
O estudo revelou que, de 12 mil pessoas que frequentavam as rodas de terapia comunitária entre 2005 e 2006 em todo o Brasil, apenas 11,5% precisaram ser encaminhadas para o serviço de atenção a saúde. Mais de 80% dos problemas apresentados nas rodas foram resolvidos ali mesmo.
A terapia comunitária funciona, portanto, como uma espécie de triagem dos casos que realmente precisam ser encaminhados para os serviços públicos de atenção básica. Atua como uma prática de prevenção e promoção à saúde.
Dentro e fora do sistema público, a prática já conta com 40 polos de formação e mais de 20 mil terapeutas formados, de acordo com Barreto.
Remédio, não
Especialistas concordam que havia uma brecha no sistema de atenção a saúde mental, que não oferecia tratamento ao sofrimento. Portanto, a terapia comunitária veio preencher essa lacuna.
“Há muita medicalização para a dor do sofrimento humano, daí se perde o sentido da dor, do luto, nem sempre é preciso tomar remédio”, pondera Maria Auxiliadora Camargo Cusinato, assessora técnica de saúde mental da Coordenação da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde.
A assessora relata que muitas mulheres vão aos postos de saúde pedir para tomar Diazepam, mas o que elas precisam mesmo é de escuta, atenção, pois vivem sozinhas ou sofreram perdas. E Adalberto completa: “o que uma mulher que sofre com o filho envolvido com droga precisa? De remédio ou ser ouvida?”.

A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA - Método terapêutico criado em 1987 começa a ser levado a outros países


Método terapêutico criado em 1987 começa a ser levado a outros países

Carla Prates
Especial para o UOL Ciência e Saúde


A terapia comunitária nasceu em 1987 em uma comunidade com cerca de 50 mil habitantes na favela de Pirambu, em Fortaleza (CE). Na época, o psiquiatra (também formado em filosofia e teologia) Adalberto Barreto dava aulas de medicina na Universidade Federal do Ceará e vários casos de repercussão psíquica eram enviados à faculdade.
Como não havia remédio para todos eles, ele e um grupo de alunos resolveram inverter o curso das coisas: “pedi para não me encaminharem mais ninguém, e fomos até onde estava o problema, a favela de Pirambu”. Ele conta que havia umas 30 pessoas para serem atendidas, mas não havia remédio para todo mundo.
A solução encontrada pelo médico foi ouvir as pessoas. Eles perceberam que a maioria só queria desabafar, não estava precisando de medicamento. E, a partir da experiência, nasceu a técnica que trata e acolhe o sofrimento.
O criador da terapia revela que a técnica pretende unir o saber acadêmico ao popular. E essa experiência tem sido replicada para outros países da América Latina, entre eles Uruguai e Chile, e até para a África e a Europa.
Recentemente, houve uma capacitação de profissionais na França, em Grenoble. “Na Europa, a miséria afetiva é que desumaniza as pessoas, que não conversam entre si, os vizinhos não se conhecem. A terapia comunitária atua na construção de vínculos”, pondera Barreto.
FONTE: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2010/11/05/metodo-terapeutico-criado-em-1987-comeca-a-ser-levado-a-outros-paises.htm

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Dependência, Compulsão e Impulsividade – Analice Gigliotti e Angela Guimarães

Este é um livro completo e único da espécie no Brasil, que pode ser aproveitado tanto por estudantes quanto por profissionais das áreas de saúde, educação e direito. Também supre a necessidade das famílias e do público leigo interessado, tão ávidos por informações.

FONTE: ISSUU

Repercussões da terapia comunitária no processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família



Repercussões da terapia comunitária no processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família: um estudo representacional. Dissertação Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Curso de Mestrado em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

FONTE: ISSUU

LINK: https://issuu.com/abratecomterapiacomunitaria/docs/dissertacaomaurasobreira

ANAIS DO IV CONGRESSO BRASILIEIRO E PRIMEIRO ENCONTRO DE TERAPIA COMUNITARIA INTEGRATIVA - POA 2007 E OUTRAS MATÉRIAS


ANAIS DO IV CONGRESSO BRASILIEIRO E PRIMEIRO ENCONTRO DE TERAPIA COMUNITARIA INTEGRATIVA - PORTO ALEGRE - 2007


LINK: https://issuu.com/abratecomterapiacomunitaria/docs/anais-iv-congresso-brasileiro-de-tci/53



sábado, 6 de agosto de 2016

REGULAMENTAÇÃO DA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA

Dep. Odorico Monteiro propõe audiência pública sobre Terapia Comunitária Integrativa


Visando compreender o projeto, Odorico propõe ainda que seja ouvido o coordenador executivo da rede Brasil Saúde Amanhã, o pesquisador José Carvalho de Noronha.

11/05/2016 às 14:08

O deputado Odorico Monteiro (Pros-CE) solicitou na quarta-feira (4) audiência pública para se discutir a importância e a necessidade de regulamentação da Terapia Comunitária Integrativa. A proposta de debate acontece na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, na qual o parlamentar é 2º vice-presidente.

“Importante registrar que o projeto parte do esforço da Fiocruz para consolidar e qualificar o Sistema Único de Saúde (SUS) e garantir melhores condições de vida e saúde para a população brasileira”, ressaltou Odorico.

Entre os convidados estão os representantes do Movimento Integrado de Saúde Mental Comunitário do Ceará (Mismec –CE), da Associação Brasileira de Terapia Comunitária (Abratecom), do Instituto de Pesquisa em Terapia Comunitária Integrativa e Ações Complementares (Iptecom) e da Mesa de Negociação dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS).

Visando compreender o projeto, Odorico propõe ainda que seja ouvido o coordenador executivo da rede Brasil Saúde Amanhã, o pesquisador José Carvalho de Noronha. “Visando compreender também seus objetivos principais, sua missão e a prospecção de cenários futuros para a saúde pública brasileira, faço esse convite ao eminente pesquisador”, afirmou.

Ainda não há data para a audiência pública. 

imagem
 

fonte: http://prosnacamara.org.br/noticia/1094/odorico-monteiro-propoe-audiencia-publica-sobre-terapia-comunitaria-integrativa/

Redação/Pros na Câmara

PROJETO CAPACITA TERAPEUTAS COMUNITÁRIOS PARA ATUAREM NAS PENITENCIÁRIAS

Inicialmente, o Além das Grades vai capacitar 30 terapeutas comunitários integrativos na Penitenciária Feminina de Teresina.

 Israell Rêgo    - 04/11/2015

NARCISO ( Foto: Ascom Sejus)
 A Secretaria da Justiça do Piauí, a Vara de Execução Penal e o Instituto Maria dos Prazeres assinaram, nesta quarta-feira (4), parceria para desenvolver o projeto Além das Grades na Penitenciária Feminina de Teresina.
O projeto tem como finalidade a formação de terapeutas comunitários integrativos, para promoverem atenção primária à saúde nas unidades. Inicialmente, o Além das Grades vai capacitar 30 terapeutas comunitários integrativos na unidade prisional.
“A terapia comunitária integrativa é um espaço de acolhimento para tratar do sofrimento das pessoas, por meio do diálogo e interação, como forma de promover a resiliência”, explica Narcizo Chagas, coordenador do projeto Além das Grades.
O curso terá carga horária de 240 horas/aula, sendo desenvolvido em cerca de seis meses. O Além das Grades conta com servidores da Secretaria da Justiça que trabalham na Penitenciária Feminina e voluntários de diversos grupos que atuam no sistema prisional

 
 
O secretário da Justiça, Daniel Oliveira, destaca que a iniciativa estimula a cooperação pela humanização do sistema. “O ambiente da Penitenciária Feminina é totalmente propício para o projeto, que reforça a cultura da paz e o enfrentamento à violência”, diz Oliveira.

Na visão do juiz José Vidal de Freitas, a Penitenciária Feminina de Teresina é modelo na gestão de programas voltados à humanização e ressocialização no Piauí e destaca que o Além das Grades agrega mais uma iniciativa nesse sentido.
Participaram do encontro o coordenador de Enfrentamento às Drogas do Piauí, Sâmio Falcão, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí (OAB-PI), Fórum de Mulheres do Mercosul, Fazenda da Paz e Fundação Municipal de Saúde de Teresina
 
 

TERAPIA COMUNITÁRIA AGORA É PROCEDIMENTO NO SUS.

 
 
IMAGEM NET
 
 
UMA GRANDE CONQUISTA PARA AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE.
DAB - Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde

Ministério da Saúde avança no campo do monitoramento das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde

 
No ano em que a Política Nacional de PICS completa 10 anos, procedimentos específicos das Práticas são incluídos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS. Entre eles, a Terapia Comunitária; Dança Circular/ Biodança; Ioga; Oficina de Massagem/Automassagem; Sessão de Auriculoterapia; Sessão de Massoterapia e Orientação de Tratamento Termal/Crenoterápico.
 
No ano em que a Política Nacional de PICS completa 10 anos, procedimentos específicos das Práticas são incluídos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS. Entre eles, a Terapia Comunitária; Dança Circular/ Biodança; Ioga; Oficina de Massagem/Automassagem; Sessão de Auriculoterapia; Sessão de Massoterapia e Orientação de Tratamento Termal/Crenoterápico.

A novidade atende à demanda constante dos municípios que realizam estas Práticas e acontece com a publicação da portaria SAS nº 404, de 15 de abril de 2016. Ela promove a inclusão dos procedimentos no Sistema de Informação Ambulatorial do SUS (SIA-SUS) e no Sistema de Informação da Atenção Básica (SISAB), com objetivo de monitorar a realização destas práticas no território e subsidiar a gestão do SUS.

Dados do PMAQ


Os dados do segundo ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) mostram que essas práticas já eram realizadas por diversas equipes de saúde da família em todo o país.

Neste contexto, a avaliação e monitoramento feitos no Sistema Único de Saúde se coloca como um importante passo para possível incorporação das mesmas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.

Abaixo, seguem os procedimentos e seus códigos específicos:

01.01.01.005-2 TERAPIA COMUNITÁRIA
01.01.01.006-0 DANÇA CIRCULAR/ BIODANÇA
01.01.01.007-9 YOGA
01.01.01.008-7 OFICINA DE MASSAGEM/ AUTOMASSAGEM
03.01.04.010-9 SESSÃO DE AURICULOTERAPIA
03.01.04.011-7 SESSÃO DE MASSOTERAPIA
03.01.04.012-5 ORIENTAÇÃO DE TRATAMENTOTERMAL/CRENOTERÁPICO

Leia a portaria.
 
 

A TERAPIA COMUNITARIA E SUA ORIGEM

 
  

A Terapia Comunitária e sua origem

Prática terapêutica 100% brasileira! Nasceu da tentativa de diálogo entre o conhecimento científico e a sabedoria popular (senso-comum). Inova ao buscar soluções para conflitos e sofrimentos humanos. Esta técnica pode ser utilizada nas comunidades de bairro, equipes de trabalho, empresas, escolas, dentre outros grupos.

 

RODA INAUGURAL - 03 DE JUNHO - TEATRO DULCINA


RODA INAUGURAL - 03 DE JUNHO   



O Movimento Integrado de Saúde Comunitária do DF (MISMEC-DF) em parceria com a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes iniciou hoje um projeto de rodas de Terapia Comunitária Integrativa regulares com os funcionários da Faculdade. Como diz Jorge Aragão "Celebrando a alegria de não estarmos sós". É a força que vem da coletividade, do caminhar juntos superando desafios e Celebrando as conquistas. Parabéns Regina, Nair, Marcelo, Marco Antônio Schmitt Hannes por capitanearem essa iniciativa. Foi um prazer estar nessa roda. Minha alegria foi ainda maior pela participação do meu filho amado Marcos Oliveira.


RODA 17 DE JUNHO

"A cada encontro da roda de conversa da TCI me sinto mais forte e preparado para vencer os desafios. Aprender a ouvir a si mesmo, poder falar sem sentir dor, e sobretudo perceber que crescemos junto com os outros e não sobre os outros." ( Marcelo Fernandes)

INICIO DO CURSO DE CAPACITAÇÃO EM TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA - XXII TURMA -2016


RODAS DE TERAPIA COMUNITÁRIA EM PARCERIA COM A CASA AZUL - PROGRAMA DE APOIO SÓCIO FAMILIAR


I Roda temática - Data: 18/03/2016

Local: Instituição Casa Azul – QN 315 conjunto F lotes ¼ Samambaia DF.

Tema sugerido: Habilidades Sociais e o Uso de Drogas
Objetivo:   Trabalhar o tema norteador da Instituição Liberdade um sonho possível!” dialogando a respeito da adolescência, identidade e o uso das drogas.
Público: Adolescentes na faixa etária de 14 a 17 anos, aproximadamente 50 por turno.
Horário: 9h – 11h e 14h – 16. 
AGRADECIMENTO às Terapeutas, Doralice Oliveira, Elisabeth Neves, Neusa Zimmermann  e Helenice Bastos
 
II Roda temática
 
 
 O Programa de Apoio Sócio Familiar Construindo Vidas, convida os terapeutas representado pela Presidente do Mismec-DF, a senhora Helenice Bastos para realizar duas rodas terapêuticas.
Desde de já agradecemos o empenho e a disponibilidade da equipe de terapeutas, na contribuição das atividades do “Programa Construindo Vidas”.               
 
Data: 18 de Junho Horário: 14:00 horas - Local: Salão Multiuso – Sede da Casa Azul
  

AGRADECIMENTO  à José Mário e Helenice Bastos
 
 

I FÓRUM DISTRITAL PARA GESTORES E PROFISSIONAIS DE COMUNIDADES TERAPÊUTICAS - APRESENTAÇÃO DA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA - TCI

 I FÓRUM DISTRITAL PARA GESTORES E PROFISSIONAIS DE COMUNIDADES TERAPÊUTICAS, na Escola de Governo dia 06 de maio.
 
A equipe do Movimento Integrado de Saúde Comunitária o MISMECDF esteve presente para apresentar aos participantes de Comunidades Terapêuticas a metodologia da Terapia Comunitária como ferramenta de autoconhecimento  e transformação.
 
O MISMECDF foi convidado pelo Terapeuta Comunitário José Mário e Areolenes Curcino para participar do FÓRUM DISTRITAL PARA GESTORES E PROFISSIONAIS DE COMUNIDADES TERAPÊUTICAS, dia 06 de maio de 2016.
Nosso agradecimento à Equipe da SUBJUSPRED e, em especial ao CONEN DF, à Equipe, apoiadores e todos os demais que somaram na organização do evento. A equipe do MISMECDF Meneses Dos Santos Nair José Mário, Fatima Neri NeriHelenice Figueiredo Darley e Rosa da Casa de Reintegração Mar Vermelho apresentou a TCI realizando uma roda de TCI com a participação da platéia.
Sabemos o quanto a terapia tem que estar nesses espaços empoderando e fortalecendo os vínculos.
 

E FOI ASSIM .......ARRAIÁ COMUNITÁRIO DO MISMECDF

O Movimento Integrado de Saúde Comunitária - Mismecdf , realizou no dia 11 de junho, a partir das 18:30 horas, nossa festa Junina. O objetivo é possibilitar um momento de interação com os TERAPEUTAS Comunitários e amigos.
A festa contará com apresentação do músico Pedro Izidoro,  comidas típicas, rifa, ambientação e ainda, muita conversa e dança.
Todo o recurso advindo do evento será destinado às atividades do MISMECDF. O número de participantes será limitado. A comida e bebida é solidária.
 

 
 
 

OFICINA VIVENCIAL DE INTEGRAÇÃO - MISMECDF/NAI


OFICINA DO CUIDADO
 
ENCONTRO PROPOSTO JUNTO A NATUREZA ONDE USAMOS DE NOSSA CRIATIVIDADE PARA FORTALECER A RELAÇÃO COM O OUTRO.   
 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

TERAPIA COMUNITÁRIA: COMO TOCAR O CORAÇÃO DAS PESSOAS

 TERAPIA COMUNITÁRIA: COMO TOCAR O CORAÇÃO DAS PESSOAS

Psicóloga Mariza Bregola de Carvalho
 
Qual a diferença entre a Terapia Comunitária e uma roda de conversa? Qual a diferença entre a Terapia Comunitária e outros grupos de autoajuda?
Como percebemos que uma sessão foi de fato terapêutica? E como sabemos que a sessão foi mais "pedagógica " do que terapêutica?
Como uma sessão terapêutica afeta nossa motivação, nossa autoestima, nossa identidade como terapeutas?
Várias são as reflexões que estas perguntas suscitam. Entre tantas, querermos destacar um aspecto que consideramos essencial à Terapia Comunitária e também às outras formas de terapia.
Há uma diferença fundamental entre uma sessão de terapia que é terapêutica daquela que não o é: a sessão é terapêutica quando toca o coração das pessoas.
O protagonista sente-se compreendido, acolhido e aceito. Ele sabe que o terapeuta sintonizou com seu sofrimento, que o acolheu e compreendeu, que suas preocupações foram levadas a sério, que o grupo respeitou sua história e se conectou com ela. Este saber é um saber vivenciado na sessão, tanto pelo protagonista quanto pelos demais participantes e pelo próprio terapeuta. Há uma conexão de afetos e emoções que se tornam coletivos e que fazem parte dos sentimentos de todos os seres humanos. São sentimentos que denominamos "afetos primários", e que conectam as pessoas e as tornam por isto mesmo humanas.
São estes sentimentos que buscamos liberar e compreender nas sessões de Terapia Comunitária. Quando tocamos estes sentimentos, fazemos de nossas sessões verdadeiras trocas de apoio, afeto, validação. Se não conseguimos tocar os sentimentos, as sessões serão tecnicamente corretas, mas podem não ter significado duradouro para quem participa.
Os participantes também se sentem compreendidos e respeitados, pois encontram na compreensão do terapeuta a atitude de aceitação que os encoraja a, no futuro, apresentar seus problemas. Pela conexão que vivenciaram do terapeuta e do grupo com seu sentimento básico, reconhecem a importância de compartilhar e ter compaixão.
Quais são os afetos primários que os seres humanos vivenciam?
Amor, desamor, culpa, justiça, injustiça, ódio, indiferença, confiança, traição, inclusão, exclusão, rejeição, acolhimento, perda, são alguns destes sentimentos. Nossos afetos primários provêm basicamente de nossos desejos e nossos temores.
Queremos o amor, tememos o desamor. Tememos sentir culpa. Buscamos a justiça, rechaçamos a injustiça. Tememos o ódio e a indiferença. Queremos confiar, tememos ser traídos. Queremos pertencer, tememos ficar de fora. Queremos ser acolhidos, tememos ser rejeitados. Tememos perder...
Estes sentimentos são universais, e é em torno deles que se organizam os temas de nosso viver. Cada um de nós é afetado mais de perto por alguns destes sentimentos, e nossa vida tem em seu centro ações e histórias construídas a partir deles.
Vejamos a seguinte queixa:
"Meu pai morreu há 4 meses, e desde então estou muito mal. Venho resolvendo tudo o que ficou para ser resolvido. Eu tenho que trabalhar, mas tenho também que resolver os papéis da aposentadoria dele, os compromissos que ele tinha no serviço, tenho que ver a pensão da minha mãe, tenho que ajudar com dinheiro. Talvez minha mãe venha morar comigo, sou eu que tenho que pensar e resolver tudo. Estou cansada, não aguento mais."
O que esta pessoa está sentindo?
Sobrecarga... impotência... dificuldade de pedir ajuda... sentimento de que só ela é que pode resolver as coisas...que ninguém pode fazer algo por ela... Mas o que mais ela está sentindo? Qual é o sofrimento mais profundo neste momento em que ela está tão só e tão sobrecarregada? O que está por trás de tudo o que ela relatou, que a faz sentir-se tão desprotegida?
O sentimento mais fundamental que ela está vivendo neste momento é o sentimento de orfandade que o ser humano tem quando perde o pai, não importa em que idade. É o sentimento de nunca mais poder contar com a proteção do pai. A criança que vive dentro do adulto chora e lamenta a perda daquele que um dia foi sua proteção e ela teme enfrentar a vida sozinha.
Este sentimento, que identificamos como um dos afetos primários, é o que a pessoa está expressando com sua queixa de sobrecarga. Ela se queixa de sobrecarga, mas também se queixa da solidão em que se encontra. Ela se queixa de que tem que fazer tudo sozinha, mas também desabafa indiretamente que não tem mais quem olhe por ela.
O terapeuta, ao tocar as emoções, conduz a sessão para o mundo dos sentimentos. Em várias sessões, na fase da contextualização, alguns participantes fazem perguntas por curiosidade. O protagonista sente-se por vezes incompreendido e incomodado em ter sua história conduzida para o caminho da história do outro. É papel do terapeuta elaborar perguntas que direcionem a sessão para os sentimentos básicos, que fazem com que o participante se sinta compreendido e acolhido.
São estes afetos que procuramos conhecer e tocar na Terapia Comunitária, para que os participantes possam fazer contato com eles, emocionar-se e reorganizar suas vivências. Quando os participantes conectam-se pelos afetos primários, a sessão é vivida de modo inesquecível.
Lembrando do exemplo da mãe que traz a queixa de que quis organizar uma UTI para crianças, pois perdeu um filho por falta de UTI em sua cidade, e se queixa de que as pessoas não se mobilizam para participar, nos perguntamos quais são os sentimentos que ela vivencia e expressa através desta queixa?
Poderíamos pensar que ela expressa a injustiça social, que arrebatou seu filho de seus braços. E construiríamos um mote baseado em "quem já sofreu a injustiça social que ocasionou a perda de um ente querido"? E isto é verdadeiro.
Poderíamos pensar que ela se sente impotente diante de um sistema que não protegeu seu filho quando ele necessitou. E construiríamos um mote baseado em "quem já viveu o sentimento de impotência ao querer salvar a quem ama"? E isto também é verdadeiro.
Mas podemos pensar também que mais além está o pedido de consolo pela perda do filho que ela nunca poderá ver crescer. O pedido de que as pessoas a acolham, consolem, tragam alento à maior dor que uma mãe pode viver. E o mote poderia ser: " Quem já viveu a dor da perda de um ser amado, e se sentiu sozinho nesta dor?"
Ao atingir esta dor, tocamos um dos sentimentos mais profundos que vivemos diante da morte e de outras perdas: a solidão. Pois a dor muitas vezes afasta as pessoas. Muitas são as pessoas que temem falar da morte e diante da perda, não sabem o que dizer ou o que fazer. Querem ajudar, mas se sentem impotentes, temem entrar em contato com aquilo que um dia pode lhes acontecer também...Porém quem perde precisa de um ombro amigo para chorar e desabafar . Para saber que está acompanhado em sua dor. Para saber que haverá alguém que o fará levantar se cair. Que haverá alguém ali para ajudar a secar suas lágrimas.
Se tocarmos esta dor, todas as pessoas presentes na sessão serão mobilizadas, pois teremos atingido o afeto primário que sacode a todos os seres humanos diante de uma perda.
Entramos em contato com os afetos primários pela empatia e pela compaixão. Ao "sentirmos com" o outro, de forma solidária e receptiva, acolhemos o outro e o aceitamos como ele é, com aquilo que ele tem. Tocamos a alma do outro, pois nos abrimos para ela sem crítica ou censura. Pela empatia e pela compaixão, reconhecemos a fragilidade do outro sem considerá-lo fraco. Reconhecemos que o outro é humano e tem direito aos sentimentos que tem.
Quando tocamos os afetos primários construímos bons motes específicos, que tocam a alma, mobilizam emoção, e fazem com que as pessoas queiram trazer suas experiências e partilhar as soluções encontradas.
Para trazer à tona os afetos primários, precisamos fazer boas perguntas, que complementem as perguntas do grupo. Frequentemente o grupo faz perguntas que visam conhecer a história, o cotidiano, os fatos, datas, ocorrências, ou seja, perguntas que buscam os dados. Exemplos destas perguntas são:
"Quando seu pai morreu?"
"Quantos irmãos você tem?"
"Onde foi o acidente de seu pai?"
Com estas perguntas buscam-se os elementos que precisam ser colhidos para entendermos a história que a pessoa viveu.
Outra forma de colher dados é perguntar sobre o comportamento das pessoas. Exemplos destas perguntas são:
"O que você faz quando não está trabalhando?"
"Como sua mãe reagiu à morte de seu pai?"
"Por que seus irmãos não ajudam você?"
"Você pede ajuda para seus irmãos"?
Estas perguntas informam-nos sobre o contexto, a maneira da pessoa reagir, suas interações.
Uma terceira forma de perguntar refere-se aos sentimentos que devem ser mobilizados na sessão. Exemplos destas perguntas são:
"Como você se sente hoje com tanta coisa para fazer?"
"Como você se sentiria se seus irmãos pudessem partilhar com você este momento?"
"Quem poderia ajudar você na sua dor?"
"O que faria você se sentir melhor neste momento?"
"Quem faria você se sentir melhor"?
"Como você se sentiria se pudesse se abrir com alguém em casa"?
"O que aconteceria com sua mãe se você chorasse com ela?"
"Como seria sua vida se seu pai estivesse aqui"?
Estas perguntas dirigem-se aos sentimentos e tocam o coração das pessoas. Elas não se atêm apenas aos comportamentos, e aprofundam a nossa compreensão. Elas nos levam aos afetos primários, pois abordam os sentimentos que estão além daquilo que a pessoa disse. Quando permanecemos no plano do comportamento, a sessão corre o risco de ficar superficial e nós podemos não encontrar o mote específico para atingir o centro do problema.
O mote específico que toca o sentimento de vários participantes sai da generalidade. Permite incluir muitas pessoas que mesmo não tendo vivido a situação em si, já viveram o sentimento que ela evoca. Elas se identificam com aquela dor e a terapia se torna então comunitária, pois passa a incluir o sentimento de todas as pessoas, que de uma ou outra forma encontram eco nos sentimentos expressados e vivenciados pelo protagonista. Apesar de ser específico, o mote torna-se abrangente, pois contém o sentimento de várias pessoas. Por isto é importante reconhecer o afeto primário envolvido na situação problema. E a melhor forma de reconhecê-lo é perguntando mais sobre os sentimentos e menos sobre os comportamentos.
Os participantes tendem a buscar dados sobre o comportamento. O terapeuta irá buscar reflexões sobre o sentimento. Ambas as formas de perguntar complementam-se, pois compõem a história e incluem a emoção. O terapeuta pergunta-se: o que esta pessoa diz e o que ela quer dizer? O mote deve atingir aquilo que ela quer dizer e ainda não conseguiu traduzir para si mesma.
Assim como o mote deve atingir o afeto primário, a conotação positiva deve contê-lo, abrindo perspectivas para o participante. Se a pessoa expressa sua solidão, podemos conotar positivamente que ela, ao se abrir, já não está sozinha, pois " alegria dividida é alegria em dobro, e tristeza dividida é meia tristeza."
Já pudemos desta forma valorizar que ela tenha se aberto, pois desta forma ficará menos só. Basta isto. Quem perde uma pessoa querida precisa compartilhar esta dor. Quando falamos da dor, podemos suportá-la melhor. Às vezes só isto basta na sessão. A pessoa não quer conselhos, não quer que lhe digam "você está fazendo demais e não está deixando seus irmãos fazerem". Ela sabe que os irmãos não estão em condição de fazer muita coisa. Ela é capaz de continuar fazendo, só precisa que a ouçam, que validem sua emoção, sua solidão, e a reconheçam neste sofrimento.
Quando tocamos no tema da morte, uma forma de conotar positivamente a pessoa é trazer a coragem dela em enfrentar este tema, e a possibilidade que ela oferece ao grupo de " reavaliar e valorizar a vida, pois o morrer nos faz pensar sempre no viver."
Ao conotar deste modo, damos um sentido àquela perda, e podemos falar da morte sem que as pessoas saiam desesperançadas. A conotação positiva toca também o afeto primário, e busca sua resolução. Quem sofreu injustiça pode ter validado o seu " esforço em lutar pela igualdade entre as pessoas ." Quem sofre rejeição, pode ser validado por estar " lutando para se incluir, valorizando-se para pertencer ." No caso da mãe que perdeu seu filho , conotamos sua disposição em ajudar outras mães, para que elas possam contar com mais ajuda do que ela contou. Que ela tem o dom de transformar o sofrimento dela em fonte de vida: da morte ela traz ao outro a possibilidade de viver. Que cada um de nós faz a sua parte, e ela está fazendo a dela. E que o ombro de todos os presentes está ali para ela contar e partilhar a saudade do filho querido.
A Terapia Comunitária, ao tocar o coração das pessoas, possibilita extrair do sofrimento e das situações difíceis, o crescimento, o aprendizado, o fortalecimento, a oportunidade de se sair melhor, de beneficiar aos outros com a aprendizagem de cada um. Ela fortalece a resiliência, e auxilia as pessoas a elaborarem seus afetos primários, tocando-os e acolhendo-os, validando cada ser humano em sua individualidade e em sua capacidade de sair mais forte perante os desafios da vida. Ganham todos, participantes e terapeutas, que mobilizam suas emoções e se potencializam na arte de viver.