PESQUISA
EM TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA:
COMO CONCILIAR O PARADIGMA DO CONHECIMENTO
CIENTÍFICO CLÁSSICO E A VISÃO PÓS MODERNA DA INVESTIGAÇÃO NA TERAPIA
COMUNITÁRIA INTEGRATIVA ?
POR: Maria Henriqueta Camarotti[1] - Nicole Hugon[2] - MISMECDF [3]
POR: Maria Henriqueta Camarotti[1] - Nicole Hugon[2] - MISMECDF [3]
1-INTRODUÇÃO
Nas
rodas de TCI, em tantos lugares do Brasil e agora em outros continentes, as pessoas
se encontram para compartilhar, além das suas experiências de vida, seus
conhecimentos e culturas diversas: crenças religiosas, opções filosóficas,
saberes tradicionais, bem como saberes universitários, em medicina, psicologia
sociologia e outros. São buscas de superação conjunta dos desafios cotidianos, dos
problemas encontrados na própria vida. Para responder a esse desafio, a TCI
propõe um dispositivo bem delimitado, com regras, metodologia precisa, formando
por isso uma ferramenta única de conhecimento e ação nos espaços onde ela atua.
Desde o
seu nascimento, muitos trabalhos foram produzidos para enriquecer, socializar
as descobertas nascidas deste movimento, nos campos da promoção da saúde e da
construção do tecido social.
Para clarear estas questões,
inicialmente, serão apresentados alguns conceitos freqüentemente citados nos
textos sobre a TCI, tais como: conhecimento popular (empírico, vulgar ou senso
comum), religioso, filosófico e científico. Depois discutiremos sobre as
diversas modalidades de pesquisa e como
a TCI contribui e se relaciona com elas.
2- FORMAS DE CONHECIMENTO
Na
literatura encontramos várias classificações do conhecimento. Neste texto vamos
nos ater às seguintes modalidades: empírico ou popular, religioso, filosófico e
científico.
ñ
Conhecimento empírico, vulgar ou saber
popular:
É a forma de conhecimento do
tradicional (herdado ou aprendido), da cultura, do senso comum, sem compromisso
com uma apuração ou análise metodológica. Não pressupõe reflexão; é uma forma
de apreensão passiva, acrítica e que, além de subjetiva, é superficial. São
exemplos desse conhecimento: tradições, ditados populares, culinária, tradição
oral, rezadeiras, folclore, etc.
Neste modo
de conhecimento percebe-se reflexão, inteligência prática, experimentação para
melhorar os saberes e fazeres, incluir novos recursos, etc. Apresenta também
uma transmissão no aprendizado aos demais, como por exemplo, no artesanato, na
transmissão oral de receitas, crenças, histórias, etc. Neste modo de saber, pode-se
dizer que não existe generalizações, o saber geralmente permanece local e vem
passando de geração a geração.
ñ Conhecimento religioso ou teológico:
É
o saber revelado pela fé divina ou caminho religioso. Está ligado diretamente
as crenças de cada indivíduo e depende da formação e dogmas religiosos. São
inúmeros exemplos representativos desse conhecimento: vida após a morte,
ressurreição no juízo final, existência dos espíritos, reencarnação, etc.
ñ Conhecimento
filosófico:
É fruto do raciocínio e da
reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre os fenômenos, gerando
conceitos racionais e subjetivos. Essa
reflexão busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os
limites formais da ciência ou mesmo antecipando-os. Por exemplo, os filósofos
pré socráticos discutiam a origem e estrutura do universo muito antes das
descobertas atuais da ciência. Sobre esta forma de conhecimento, podemos citar:
conceitos sobre o bem, o belo, o justo, lógica, ética, epistemologia da
ciência.
ñ Conhecimento
científico:
É o conhecimento racional, sistemático,
exato e verificável da realidade. Se baseia nos procedimentos de verificação da
metodologia científica. Segundo Galliano (1979) esse conhecimento é racional e objetivo;
vai além dos fatos; requer exatidão e clareza; é comunicável e verificável;
depende da investigação metódica; busca aplicar as leis; é explicativo; pode
fazer predições; é aberto e útil. Exemplos desse conhecimento: lei da
gravidade, movimento da terra em torno do sol, circulação sanguínea,
funcionamento do cérebro, etc.
3- SOBRE CIÊNCIA E RACIONALIDADE
Com a modernidade veio a crença de que as
ciências exatas seriam a única forma de racionalidade e conhecimento. Nós,
homens e mulheres do século XXI começamos a questionar e a avançar os limites
dessa concepção, incluindo outras formas de geração de conhecimento e visão da
realidade. Hoje, temos consciência de que a ciência clássica não dá conta da
complexidade de fenômenos tais como climáticos, ecológicos, psicológicos,
culturais e sociais.
Segundo Edgar Morin, “A ciência clássica se apóia nos três
pilares da certeza, que são a ordem, a separabilidade e a lógica.” (MORIN,
1998). Esse autor questiona os limites da ciência clássica, entendendo que, por
serem limitados, não são capazes de lidar com sistemas complexos. Além disso, no campo das ciências sociais,
onde o objeto da pesquisa tem consciência de ser objeto dessa investigação, o
objetivo de separabilidade, de objetividade da ciência clássica é estruturalmente inacessível. Refletindo sobre esse tema,
Morin afirma que:
“Durante muito tempo, a ciência ocidental foi
reducionista (tentou reduzir o conhecimento do conjunto ao conhecimento das
partes que o constituem, pensando que podíamos conhecer o todo se conhecêssemos
as partes); tal conhecimento ignora o fenômeno mais importante, que podemos
qualificar de sistêmico, da palavra sistema, conjunto organizado de partes
diferentes, produtor de qualidades que não existiriam se as partes estivessem
isoladas umas das outras”. (MORIN, s/d).
Ainda,
para conhecer fenômenos complexos, tais como os fatos da vida das comunidades,
dos seres humanos, temos que utilizar modos complexos de conhecimento,
integrando formas diversas para delimitar o saber. A perspectiva
transdisciplinar é uma via possível para a compreensão desses fenômenos.
Exemplificando a questão da complexidade, LUZ (2009) estudou-a no campo da
saúde pública, ressaltando a participação dos usuários desse sistema na
construção do conhecimento sobre a saúde, e lembra que:
“A diferença interessante em relação a esse
“modelo” [transdisciplinar] de produção de conhecimento, ou paradigma
científico, é que o conhecimento assim produzido pode integrar não apenas a
produção gerada a partir da pesquisa experimental, como da pesquisa quantitativa
(epidemiológica, demográfica), qualitativa, e das pesquisas aplicadas, como no
planejamento. Pode integrar também conhecimento gerado a partir da prática
vivenciada pelas populações ou por usuários de serviços (ou pacientes),
superando assim a clivagem senso comum× ciência, típica da modernidade.”
Portanto,
aprendemos com Edgar Morin e outros autores a buscar outros referenciais quando
pensamos em pesquisa nas áreas sociais e, particularmente, na utilização dos
estudos sobre a TCI, modos diversos de
conhecimentos, tendo cada um seu próprio domínio de
relevância e seu tipo de racionalidade. São todos esses olhares que vão tecendo
uma imagem relevante da complexidade que a TCI encerra, e, além desta
metodologia, da complexidade da sociedade, seus problemas e suas soluções.
4- TIPOS DE PESQUISA NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
A
seguir, discutiremos os tipos principais de pesquisa e como fazem interface com
a Terapia Comunitária Integrativa, entre eles: pesquisas quantitativas,
qualitativas e mistas, também denominadas de triangulação. A forma qualitativa
de pesquisa trás inúmeros modos de fazer e pensar o conhecimento, tais como a
pesquisa etnográfica, história oral temática, estudo observacional, etc. Nos
deteremos um pouco mais nos princípios da Pesquisa Ação Participante,
aproximando-a dos princípios da TCI e
como essas duas referências poderiam
interagir-se mutuamente quando utilizadas na compreensão dos fenômenos sociais
e na busca de alternativas integradas com a comunidade.
ñ A pesquisa quantitativa
A pesquisa quantitativa é um método de pesquisa social que
utiliza técnicas estatísticas. Estas
pesquisas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes explícitas e
conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos padronizados
(questionários). Esta modalidade é utilizada quando se sabe exatamente o que
deve ser perguntado para atingir os objetivos da pesquisa, permitindo que se
realizem projeções para a população representada. Elas testam, de forma
precisa, as hipóteses levantadas para a pesquisa e fornecem índices que podem
ser comparados com outros.
Essa
modalidade de pesquisa é bem adequada ao paradigma positivista no qual
prevalece a preocupação em torno da quantificação de resultados empíricos em
detrimento da busca de compreensão entre a interação dos pesquisadores, dos
sujeitos e situação pesquisada (THIOLLENT, 1986).
ñ A
pesquisa qualitativa
Esse tipo de pesquisa surgiu
inicialmente nas áreas da antropologia e da sociologia e, nos últimos anos,
ganhou espaço nas áreas da psicologia, educação e administração. Compreende um
conjunto de diferentes técnicas interpretativas que visam descrever e
decodificar os componentes de um sistema complexo de significados (NEVES,
1996). É centrada nas questões subjetivas que estão permeando o objeto de
investigação. Busca apreender fatos não mensuráveis.
De acordo com Chizzotti (1991, apud
CARÍCIO, 2010) essa abordagem está fundamentada em dados inferidos nas
interações interpessoais, sendo analisadas a partir do significado que os
informantes (também co-participantes) emitem para elas.
Os autores apontam três formas de
pesquisa qualitativa: pesquisa documental, estudo de caso e etnografia. Sobre a pesquisa
documental, trata-se de exame de materiais que ainda não receberam
tratamento analítico adequado ou que podem ser reexaminados com vistas a uma
interpretação nova ou complementar (NEVES, 1996). O estudo de caso, por sua vez, é a análise profunda de uma unidade de
estudo. Pode ser utilizado na compreensão de unidades tais como pessoas,
instituições, situações ou fatos.
Quanto ao estudo etnográfico, este tem se destacado como um dos mais
importantes. Nesse método são utilizadas técnicas de observação, contato direto
e participação em atividades. Na antropologia, ele tem sido utilizado nas
pesquisas do século XX. Neves (1996) afirma que o paradigma etnográfico pode
assumir um caráter diferenciado na medida em que esteja mais ou menos marcado,
pela visão do todo e pela preocupação com o significado. O objetivo desse tipo de estudo é uma descrição de fatos,
relacionamentos e dos significados produzidos pelas pessoas, permitindo uma
compreensão apesar das diferenças culturais. Além disso, com a imersão do
pesquisador no meio observado, vai produzir interpretações, gerando uma conscientização
das pessoas incluídas, e talvez, possibilidades de ação e mudança,
aproximando-se assim da pesquisa participativa.
A História Oral também é uma
modalidade qualitativa de busca do conhecimento. Esse tipo de pesquisa nasceu
no pós guerra e ficou em evidência nos anos 60. Pode ser considerado um recurso
contemporâneo usado para elaboração de documentos, arquivamento e estudo das
experiências de pessoas e de grupo por meio de conversas com as pessoas que
relatam suas experiências e sua memória individual. “É a historia do tempo
presente reconhecida como história viva e cultiva um compromisso de registro
constante que envolve lembranças, comentários, memórias de fatos e impressões
sobre os acontecimentos” (CARÍCIO, 2010, pg. 60). Segundo essa mesma autora
este formato de pesquisa compreende a percepção do passado como algo que tem
continuidade hoje e cujo processo não está acabado. A literatura descreve três tipos de história
oral: História Oral de Vida, Tradição Oral e História Oral Temática (BOM MEIHY,
2005 apud ROCHA, 2009)
A Pesquisa
Ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e
realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo (THIOLLENT, 1986). Fazemos um paralelo aqui com a Terapia Comunitária
Integrativa, pois em ambas há a produção de mudanças oriundas das ações
coletivas.
A Pesquisa
Participante é a pesquisa que se desenvolve a partir da interação entre
pesquisadores e membros das situações investigadas. Pode-se entendê-la como uma
pesquisa educacional orientada para a ação. É um processo de pesquisa no qual a
comunidade participa na análise de sua própria realidade, com vistas a promover
uma transformação social em beneficio dos participantes. Muitos trabalhos se baseiam na
pedagogia de Paulo Freire onde o processo de educar torna-se educacional e
participante.
Segundo Thollient (1986) há uma
tendência a colocar a pesquisa participante e a pesquisa ação como semelhantes.
Esse autor discorda dessa similaridade e defende a idéia de serem metodologias
diferentes e que a pesquisa ação seja além de participante, inclui uma forma de
ação planejada de caráter social, educativo ou técnico. Na pesquisa ação os
pesquisadores desempenham um papel ativo na resolução dos problemas
encontrados, no acompanhamento e na avaliação. Por outro lado, outros autores
denominam de pesquisa ação participante quando se imbricam as propostas de
ambas. No presente texto iremos considerar o referencial dessa integração
fazendo uma correlação da pesquisa ação participante e a Terapia Comunitária Integrativa.
ñ A
pesquisa quantitativa aliada à qualitativa
Os métodos quantitativos e qualitativos
muitas vezes se complementam e podem ser utilizados num mesmo estudo, a essa
situação os autores denominam de triangulação.
Neves (1996) afirma que esses dois métodos não se excluem mutuamente como
instrumentos de análise, pelo contrário, podem contribuir em um mesmo estudo
para melhor compreensão do fenômeno estudado. Os estudos demonstram que
combinar os dois métodos torna uma pesquisa mais forte e reduz os problemas de
adoção exclusiva de um dos métodos. As opiniões são bem diversas quanto aos
dois métodos. Nas ciências sociais, por exemplo, existe uma tendência a apontar
o método qualitativo como mais completo e profundo, ao mesmo tempo em que pesquisadores
mais cartesianos negam a importância dos dados qualitativos. Mas, no geral
defende-se que tanto um método como o outro pode ampliar a visão da realidade, independentemente
de ser quantitativo ou qualitativo, podem ser bem desenhados.
5- A PESQUISA NA TCI: COMO COMPREENDER ?
O
conhecimento sobre a Terapia Comunitária Integrativa vem sendo construído a
várias mãos e tem se utilizado de várias vertentes do saber popular, filosófico
e científico. A metodologia da TCI nasceu da prática, da descoberta na caminhada,
na medida de seus passos. Adalberto Barreto (2008), criador dessa metodologia,
partiu da situação real da Favela Pirambu-Fortaleza (CE) para,
concomitantemente à prática, desenvolver as reflexões sistemáticas, que, aos
poucos, foram sendo enriquecidas pelos referenciais teóricos e das correlações
científicas realizadas desde então.
Desde
1987 tem acontecido um movimento amplo de expansão dessa metodologia e suas
aplicações. A cada volta dessa espiral, reflexões e aprofundamentos são
realizados, alimentando a caminhada da prática e o fôlego de seus praticantes.
Acredito que a realização de pesquisa na TCI, ou essa prática como vertente
científica, esteja só começando.
6- REFLEXÃO INTRODUTÓRIA ÀS PESQUISAS REALIZADAS NA TCI
Na seqüência, vamos apresentar alguns
métodos de pesquisa que tem sido utilizados nos trabalhos e investigações
científicas abordando a TCI.
A pesquisa da Terapia Comunitária
Integrativa é relativamente recente, até porque a sistematização dessa
metodologia também é recente e vem sendo construída progressivamente. A
proposta desse levantamento é saber como a pesquisa em TCI tem sido realizada,
e quais as opções metodológicas usadas. Foram elaboradas três tabelas
distinguindo as pesquisas quantitativas, qualitativas e mistas. Na TABELA 01 são apresentados alguns estudos
quantitativos que tem sido desenvolvidos na rede nacional da Terapia
Comunitária.
Trabalho /ano
|
Autores / objetivos
|
Metodologia
|
TC: relato da experiência de implantação em Brasília
/2003
|
Camarotti,
M H et al
|
Relato de experiência
Levantamento de dados
|
A TC no Hospital das Clinicas. Relato de experiência
de humanização
2004
|
Oliveira, M. T., Souza, D. B. e Lopes, A.L
|
Pesquisa quantitativa através de preenchimento de
Ficha de controle. Levantamento das informações aliada a uma reflexão
Avaliação qualitativa do processo de condução da
terapia
Triangulação ?
|
O impacto da TC na Saúde
( Relatório SENAD)
2009
|
Barreto, A. P.
|
Pesquisa quantitativa dos resultados de 12.000
questionários com informações das Rodas de TC (temas mais freqüentes,
encaminhamento para rede de apoio, estratégia de enfrentamento e avaliação de
vínculos, pré e pós TC)
|
TCI na ESF/SUS
2011
|
Barreto et al
|
Levantamento das informações oriundas da implantação
da TCI na rede publica de saúde.
|
TABELA 01 – Algumas pesquisas quantitativas sobre TCI
No geral, as propostas dessas pesquisas
estão em torno do levantamento das informações geradas nas Rodas de TC,
sobretudo em relação aos participantes (idade, sexo), temas colocados e
escolhidos, as estratégias de enfrentamento e encaminhamentos à rede de apoio.
Na TABELA 02 é apresentado um exemplo
de pesquisa mista- qualitativa e quantitativa - denominado pelos autores de triangulação.
Trabalho /ano
|
Autores / objetivos
|
Metodologia
|
La
therapie communautaire et le technique d´animation de groupe favorisant
l´implication des patients addictifs dans le processus de changement
2010
|
Hugon, N.
|
Pesquisa quantitativa e qualitativa:
1- Os indicadores de abandono do tratamento antes e depois da TC, estudo
da variação
2- Estudo de caso das relações intrainstitucional (pacientes/pacientes,
técnicos/técnicos e pacientes / técnicos)
|
TABELA 02 – pesquisa quantitativa e qualitativa
Nesse estudo, a autora (HUGON, 2010)
buscou saber de forma objetiva, através dos indicadores oficiais da
Instituição, qual a mudança que a realização sistemática da TCI provocou nesses
indicadores. Realmente, por se tratar de indicadores já adotados e testados
pela Instituição, houve uma confiabilidade maior nos resultados, inclusive na
visão da administração local em relação ao efeito da Terapia Comunitária. A
autora acrescentou ao seu estudo uma avaliação subjetiva, aspecto qualitativo,
compreendendo melhor o impacto das Rodas nas relações intra-institucionais.
Porque foi importante juntar nessa
pesquisa os dados quantitativos aos qualitativos? Essa associação de métodos
permitiu avançar tanto do ponto de vista institucional objetivo, quanto no
aprofundamento da resposta do pessoal envolvido, dos aspectos emocionais e da
percepção das pessoas em relação a essa terapia.
Na TABELA 03 são apresentados alguns
exemplos de pesquisas qualitativas. Na sua maioria, essas pesquisas foram
realizadas no período de 2005 a 2010. Nesses exemplos aqui relatados foram
utilizadas várias modalidades de pesquisa qualitativa, tais como história oral
temática, abordagem etnográfica, pesquisa ação, estudo transversal
observacional, etc.
Trabalho /ano
|
Autores / objetivos
|
Metodologia
|
Tempo de falar e tempo de escutar: a produção de
sentido em um grupo terapêutico.
2005
|
Camargo, A. C.
Compreender a produção de sentido em um grupo
terapêutico a partir das experiências dos seus participantes.
|
Análise qualitativa
dos depoimentos sob enfoque fenomenológico
Método de análise da produção de sentido a partir de
práticas discursivas (Mary Jane Spink)
|
Repercussões da TC no cotidiano de seus
participantes
2006
|
Guimarães, F. J. e Ferreira Filha, M. O.
Conhecer as repercussões da TC no cotidiano dos
moradores da comunidade Ambulante mangabeira, João Pessoa.
|
Pesquisa Qualitativa
Método de História Oral
Temática, fazendo uso da técnica de entrevista para a coleta de dados, com
nove participantes do grupo da TC. Análise do material empírico.
|
TC em cooperativa de coleta seletiva: a perspectiva
feminina na economia solidária. Relato de experiência
2007
|
Arvati, F. Z. e Lima, J.W.G.
Investigar o impacto da TC, sob o recorte de gênero,
como uma estratégia de intervenção comunitária em um ambiente de trabalho
cooperativo e renda.
|
Pesquisa
Qualitativa
Método foi Pesquisa Ação.
Análise dos dados foi realizada através de análise
de conteúdo segundo referenciais de Bardin.
|
A História da TC na Atenção Básica em João Pessoa/PB
2008
(Dissertação de mestrado)
|
Oliveira, D. G. S.
Objetivo estudar a implantação da TC como ferramenta
que vem contribuir para organização das práticas de saúde na atenção básica
de João Pessoa.
|
Pesquisa Qualitativa
História Oral temática usando técnica de entrevista
para coleta de dados.
|
SABER SER, SABER FAZER: TC, uma experiência de
Aprendizagem e Construção da Autonomia
2008
(tese de doutorado)
|
Giffoni, F. A. O.
Objetivo de identificar até que ponto a TC vem se
constituindo como um espaço no qual o diálogo e a palavra são valorizados
como instrumento de transformação social
|
Pesquisa Qualitativa
Abordagem etnográfica com os procedimentos da
observação participante, entrevistas semi-estruturadas e histórias de vida.
|
A TC como instrumento de inclusão da Saúde Mental na
Atenção Básica: avaliação da satisfação do usuário /2009
(dissertação)
|
Andrade, F.B
Avaliar a satisfação dos usuários em relação a TC na
Atenção Básica em João Pessoa.
|
Pesquisa Qualitativa
Estudo avaliativo, transversal e observacional. O
instrumento de coleta de dados foi a Escala de Avaliação de Satisfação com os serviços de Saúde
Mental (Satis-Br) e questionário com perguntas complementares.
|
A TC e as mudanças de práticas no SUS /2009
(dissertação)
|
Rocha,E.F.
Objetivo de conhecer as mudanças ocorridas nos
profissionais de saúde do município de Pega Fogo a partir da formação em TC e
os processos dessa formação que se identifiquem com o processo de Educação
Permanente em Saúde.
|
Estudo de natureza qualitativa em que se utiliza a História Oral temática como
referencial metodológico. O material empírico
foi produzido por meio de entrevistas semi estruturadas e analisada a
partir do tom vital da fala dos colaboradores com base na literatura
pertinente.
|
Terapia Comunitária como abordagem complementar no
tratamento da depressão: uma estratégia em saúde mental no PSF de Petrópolis
2010
|
Silva, A.L.C.
|
Pesquisa de abordagem qualitativa, realizada em 20 usuários da ESF. Utilizou-se como
instrumento o questionário de inventário de Beck e o Questionário de Eficácia da Terapia Comunitária.
|
TC: um encontro que transforma o jeito de ver e
conduzir a vida
2010
|
Carício, M. R.
Objetivo de investigar as transformações produzidas
na formação da TCI para ESF, destacando a importância da criação de vínculos
no contexto do trabalho.
|
Pesquisa qualitativa,
pois busca apreender fatos não mensuráveis.
Referencial metodológico da História Oral Temática.
Material empírico foi produzido a partir da técnica da TC temática.
|
Rede de cuidado da Saúde Mental: tecendo práticas de
inclusão social no Município de Campina Grande/2010
|
Azevedo, E.B.
Objetivo: conhecer as práticas de inclusão social
desenvolvidas pro profissionais da rede de cuidado em saúde mental
extra-hospitalar para pessoas em situação de sofrimento psíquico.
|
Pesquisa descritiva – interpretativa de abordagem qualitativa realizada em 19
profissionais. Material empírico foi colhido por entrevistas
semi-estruturadas. Foi realizada análise de conteúdo tipo categorial temática
de Bardin .
|
A metáfora na linguagem da TC: estudo de caso com
pais de alunos do 1º ciclo do ensino fundamental de uma escola municipal de
Ipatinga-MG /2010
|
Silva, M.R.G.
Objetivo de investigar se a metáfora era um dos
elementos de relevância que provoca mudanças na linguagem interna das pessoas
que participam das Rodas de TC.
|
Pesquisa qualitativa
utilizando-se do método de estudo de caso dentro de uma visão estruturalista
e transdisciplinar. O levantamento de dados foi feito através de entrevista
semi-estruturada aplicada aos sujeitos antes e depois das rodas.
|
Rodas de TC: Espaços de Mudanças para profissionais
da ESF/2010
|
Morais,F.L.S.L.
Objetivou compreender as mudanças ocorridas na
dimensão pessoal e profissional dos trabalhadores da ESF com vivência nas
rodas de TC
|
Pesquisa qualitativa
com referencial metodológico na História Oral
Temática.
|
TC e Resiliência: histórias de mulheres
2010
|
Braga, L.A.V
Objetivou conhecer as experiências resilientes das
mulheres que freqüentam as Rodas de TCI, identificar as fontes de forças que
elas utilizam no enfrentamento de situações de sofrimento e as principais
características resilientes utilizadas pelas mulheres usuárias das Rodas de
TC.
|
Pesquisa qualitativa
Método da História Oral fazendo usa da técnica de entrevistas para
a produção do material empírico.
|
TABELA 03- Algumas pesquisas qualitativas
Observamos assim que as equipes utilizam metodologias diferentes, dependendo da finalidade da
pesquisa. Nessas pesquisas, a TCI funciona como um modo de
conhecimento sobre as fontes de resiliência, os resultados oriundos da
participação nas rodas de TCI, nas pessoas, nos vínculos sociais, nas estratégias
de intervenção social.
A metodologia de pesquisa
tipo História Oral Temática aparece em várias pesquisas descritas na Tabela 03.
Este diagrama apresentado na Figura 01[4]
resume a relação entre essa metodologia e os instrumentos utilizados para
captação das informações.
Outro dado importante que
essas pesquisas revelam é sobre os próprios terapeutas comunitários, buscando entender
sua visão do processo e as transformações vividas por eles. O que caracteriza nessas
pesquisas é destacar os processos de mudança nos participantes ou nas
comunidades. Em muitas pesquisas
clássicas acontece apenas a descrição do fenômeno sem se preocupar com a
transformação dos sujeitos pesquisados.
7- TCI E A PESQUISA AÇÃO PARTICIPANTE
Vamos agora dá um mergulho na relação
da TCI e a Pesquisa Ação Participante.
Como entender a relação dessas duas referências metodológicas? Essa
modalidade de pesquisa realmente se adéqua ao formado da TCI ?
Inicialmente, partiremos da possibilidade
de que a pesquisa ação participante pode ser aplicada no estudo da comunidade
através de uma roda de TCI. Na condução de uma roda o terapeuta comunitário tem
uma metodologia a seguir, são as etapas da TCI que precisam ser cumpridas de
forma a percorrer um começo meio e fim. Esse terapeuta não escolhe o tema, nem
a pessoa que irá falar, por outro lado ele canaliza a sessão no sentido de
fazer com que o grupo seja o foco da questão e das soluções. Ele tem
constantemente que trazer as pessoas para esse núcleo metodológico de forma a
facilitar a participação e fluxo da sessão. Os participantes por sua vez se
tornam participantes ativos porque trazem suas questões, escolhem o tema da
roda e compartilham suas experiências.
Quando o terapeuta qualifica a pessoa
que colocou seu problema através de uma atenção focada e reforçada pela síntese
restitutiva, ele está provocando uma ação de reforço a autoestima da pessoa que
fala, fazendo com que facilite a sua expressão. Ao mesmo tempo esse animador da
Roda, cuida para que o grupo qualifique e valorize a pessoa que fala através
das escolhas, das identificações e das perguntas.
Ao mesmo tempo em que o
terapeuta/pesquisador está levantando os problemas daquele grupo e/ou
comunidade, ele está também desencadeando uma ação de melhora da autoestima,
fomento da cidadania ativa e mudanças da dinâmica realcional. Esse processo de
ativação da cidadania ativa se dar, por exemplo, quando as soluções partilhadas
são valorizadas e reforçadas, no final da roda, nas conotações positivas.
Então, podemos afirmar que a Roda de
TCI pode ser um campo profícuo de levantamento dos problemas das pessoas e
comunidades, e funciona pari passu como
ação de transformação da realidade através das mudanças de percepção, de
engajamento e de corresponsabilidade dos participantes. Outro aspecto
interessante é que o terapeuta/pesquisador também se transforma, na medida que
trabalha suas historias de vida e até mesmo a visão de si mesmo e das questões
colocadas no grupo. Podemos afirmar
que o ambiente da TCI pode ser um espaço de levantamento dos problemas das
pessoas/comunidades, ao mesmo tempo que deflagra uma transformação na direção
da resolução coletiva. Todos se transformam inclusive o terapeuta, e são
motivadores das transformações do outro.
Além disso, a metodologia da TCI inclui
como etapa obrigatória a Avaliação Final
de cada roda, que tem com objetivo o olhar crítico permanente sobre o processo.
Essa prática pode ser vista como uma forma de pesquisa ação continuada ao longo
da vida do grupo. Percebemos ainda ser uma fonte constante de conhecimentos que
vão além da prática comum, quer seja sobre a postura, a prática do terapeuta ou
sobre a comunidade.
Acreditamos que pelas evidências
progressivas, que a roda de TCI pode ser vista como um espaço de pesquisa ação
participante. Essa característica pode ser evidenciada no acolhimento
valorizando as expressões da cultura da comunidade, com a escolha do tema pelos
participantes, na elucidação do tema proposto, de modo sistêmico, com a
partilha de soluções, integrando todas as formas de saberes, e também com o
encerramento, onde as “pérolas”, as descobertas, são valorizadas como
aprendizagem para todos.
Segundo
Thiollent a “Pesquisa Ação é um tipo de
pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo” (THIOLLENT,
1986, pg.14)[5]. Esse
autor identifica alguns aspectos que caracterizam a pesquisa ação e que nos
interessam quando pensamos sobre a Terapia Comunitária. No quadro abaixo são
listados esses aspectos e comparados com os princípios da terapia comunitária
(THIOLLENT, 1986, p. 16):
Metodologia
da Pesquisa Ação segundo Thiollent
|
Metodologia
da TCI
|
a) ampla e explicita interação entre pesquisadores e
pessoas implicadas na situação investigada
|
Principio da horizontalidade
|
b) desta interação resulte a lista de prioridade dos
problemas a serem pesquisados e das soluções a serem encaminhadas (…)
|
Escolha do tema, partilha das soluções
|
c) o objeto da investigação não é constituído pelas
pessoas e sim pela situação social (…)
|
Problemas em seus contextos, em espaços públicos...
|
d) o objetivo da pesquisa ação consiste em resolver
ou, pelo menos em esclarecer os problemas da situação observada
|
Problematização e partilha, resgatar os recursos
locais, culturais, etc.
|
e) há, durante o processo um acompanhamento das
decisões (…) de todos os atores da situação
|
Compromisso do terapeuta comunitário na comunidade
|
f) a pesquisa não se limita a uma forma de ação:
pretende-se aumentar o conhecimento dos pesquisadores e o conhecimento ou o
“nível de consciência” das pessoas e grupos considerados
|
Encerramento, valorização, avaliação final da roda
|
Nessa
modalidade de pesquisa e na terapia comunitária há a produção de mudanças
oriundas das ações coletivas. Há que entendê-la com um modo dinâmico para uma
comunidade progredir, aprender, resolver seus problemas de modo democrático,
participativo, com um aumento de suas competências individuais e coletivas. O
fato de o terapeuta comunitário pertencer àquela comunidade
reforça os caminhos da pesquisa participante.
Finalmente, entendemos que existe uma
estreita relação entre TCI, Pesquisa Ação Participante e a Pedagogia Paulo
Freire: assim como a TCI, a pesquisa ação participante é baseada na pedagogia freiriana
da autonomia. Ambas buscam
o encontro entre o saber popular e científico, ambos envolvem o compromisso do
ator-pesquisador na comunidade em que atua; ambos postulam a importância da
co-construção de conhecimentos entre educador (terapeuta, pesquisador) e
educando (participantes, comunidade). Em nossa opinião, esta origem comum
explica por que o conceito de pesquisa-ação participativa é particularmente
relevante no caso da TCI.
8- PROPOSTAS PARA FUTURO DA PESQUISA NA TERAPIA COMUNITARIA:
1)
Desenvolver a pesquisa-ação-participante âmbito da
Terapia Comunitária de modo multicêntrico, coordenada por equipes de pesquisadores
que tem se dedicado a essa metodologia. Esses centros poderiam desenvolver
protocolos de investigação e acompanhá-los em várias regiões simultaneamente.
Desta forma teríamos uma grande parceria entre a ação e a reflexão no
referencial de Paulo Freire, de forma dinâmica e continuada.
2)
Desenvolver pesquisas mistas, acoplando os dados
quantitativos e qualitativos.
3)
Desenvolver e socializar os instrumentos existentes no
sentido de compreender melhor o impacto da TCI.
4)
Promover cursos introdutórios de pesquisa qualitativa
e ação participante para os terapeutas comunitários.
5)
Aproximar os profissionais que fazem pesquisa e os que
estão na prática na TCI.
6)
Revisar a Ficha das Informações das Rodas. Acreditamos
que podemos obter informações mais profundas através da correlação das
variáveis. Nossa sugestão é que se faça um grupo de trabalho para discutir e
encaminhar propostas de ampliação do conhecimento da TCI e suas correlações com
as ciências sociais.
7)
Que as reflexões sobre TCI possam avançar incluindo
também o conhecimento filosófico e porque não dizer uma postura reflexiva,
livre sem amarras ao mesmo tempo sistemática e transmissível.
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[1] Neurologista, psiquiatra, mestre em psicologia, gestalterapeuta, terapeuta comunitária e formadora da Terapia Comunitária e presidente do MismecDF
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